quinta-feira, 26 de junho de 2014

Adesão do PRB e SD, mas o PPS recua


O governador Cid Gomes abandonou o repouso e passou todo o dia de ontem em articulação política com correligionários, na busca da consolidação da aliança em apoio ao seu candidato ao Governo do Estado, ainda desconhecido. Na parte da manhã, no Palácio da Abolição, com o deputado federal Genecias Noronha, ele consolidou o apoio do Solidariedade no Ceará. No início da tarde, o PRB confirmou sua volta ao Governo e, no início da noite, o PPS fez convenção, mas não homologou a coligação com o PROS, pois esta só será feita se não tiver petista disputando cargo majoritário.

Na noite de ontem, Cid reuniu, mais uma vez, dirigentes de partidos aliados. Porém, avisou, antes de iniciar o encontro, que só discutiria as alianças proporcionais, que são as vagas de deputado estadual e federal. Estavam lá os pré-candidatos Mauro Filho, José Albuquerque e Leônidas Cristino, que sinalizou que deverá ser candidato a deputado federal.

O secretário estadual da Saúde, Ciro Gomes, adiantou que o candidato que a coligação vai apoiar ao Senado deve mesmo ser indicado pelo PT. O PCdoB, também da base aliada, defende que o grupo de Cid apoie a reeleição do senador Inácio Arruda.

"Queremos o PCdoB conosco, temos muito cuidado com o esforço da bancada estadual do PCdoB, da bancada federal. A chapa não está fechada, nós ainda temos uma vaga de vice. Não estou querendo dizer que vai para cá ou para acolá, mas pragmaticamente o que temos hoje para o Senado é o compromisso com o PT", garantiu Ciro Gomes.

Antes de ir ao encontro dos demais aliados do Governo, os dirigentes do PRB, em reunião na sede do partido, decidiram apoiar o candidato do Governo e participar da coligação com as principais legendas da aliança para a disputa pelos cargos proporcionais. De acordo com o presidente da agremiação, deputado Ronaldo Martins, a sigla exigiu que só iria retomar a aliança com o governador Cid Gomes se pudesse fazer parte de uma grande bloco formado entre PROS, PT, PTB, PHS, PDT, PSD, PP e PCdoB para a eleição de deputado estadual e federal.

"Nossa exigência foi que a gente estivesse nesse bloco, que é o maior da coligação. Só assim, o PRB terá condições reais de eleger deputado federal", afirmou. A pretensão do partido é lançar 28 candidatos a deputado estadual para conseguir a eleição de pelo menos quatro nomes. Já para a Câmara dos Deputados, devem ser sete postulantes, mas a sigla tem a expectativa de fazer um ou dois deputados federais.

"Nas contas que nós fizemos, a coligação do PMDB tem condição de fazer seis federais, mas essa aliança conta com nove grandes candidatos, com mais de 100 mil votos cada. A chance de o PRB eleger de um a dois deputados numa chapa dessa é muito pequena", disse.

Apesar de todo o desgaste registrado entre PRB e PROS ainda no ano passado, provocando até o rompimento da aliança, Ronaldo Martins esclareceu que a legenda precisou voltar atrás para ter condições de atender à prioridade do partido.

Sem petista

O PPS oficializou, ontem, durante convenção, os nomes de três candidatos a deputado federal e de outros 22 a deputado estadual, mas a decisão sobre qual será a postura do partido na disputa majoritária deverá ficar para o fim desta semana, segundo o presidente estadual da legenda, Alexandre Pereira.

Nem mesmo a coligação para a disputa pelos cargos proporcionais já está acertada. A indefinição sobre qual deverá ser a posição do PT na chapa majoritária encabeçada pelo PROS tem atrasado a confirmação da aliança que o PPS aderirá.

"A restrição é muito clara. Temos uma Resolução nacional do PPS que não nos permite coligar na majoritária com o PT. Agora, essa Resolução abre uma brecha para que os casos nos estados em que, por ventura, precise se coligar, seria discutida com a Executiva Nacional", explicou.

Alexandre Pereira revelou que se reunirá na noite da próxima sexta-feira, em Brasília, com o presidente nacional da legenda, Roberto Freire, para chegar a uma definição de como ficará a situação do PPS no Ceará. "Espero que até lá as chapas já estejam mais claras, o que tornará mais fácil as negociações com a Executiva Nacional", ressaltou.

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