terça-feira, 17 de abril de 2018

Agentes penitenciários recebiam até R$ 1.000 por celular, aponta MPCE


As investigações que culminaram na operação Masmorras Abertas começaram em maio de 2016, após a crise no sistema prisional, que foi agravada pela greve dos agentes penitenciários. Segundo Humberto Ibiapina, coordenador do Núcleo de Investigação Criminal do MPCE, naquele momento o órgão passou a atentar para corrupção dentro do sistema. 
Promotor de Justiça em Itaitinga, Luís Bezerra conta que, de lá para cá, as investigações ajudaram a detectar vários casos de corrupção dentro do sistema penitenciário. “Temos situações de agentes penitenciário que não está nesta operação e já foi afastado por ter sido flagrado entrando no sistema prisional com mais de 80 celulares. Temos elementos de informações que, para cada celular que ingressa na unidade, a depender do modelo, o agente receberia até R.000 por aparelho”, relata. 
Sobre a operação, ele complementa que os crimes iam além da entrada de armas ou celulares nas unidades. “Temos agentes penitenciários que agrediam gratuitamente presos e quando era reportado à chefia, a quem competia resolver e tomar as providências, assim não fazia. Alguns deles recebiam vantagens financeiras para transferir presos de uma rua para outra dentro da própria unidade prisional. São atos graves que ainda precisam ser aprofundados”.
NOME
O nome da operação faz referência ao fato dos presos terem fácil acesso a smartphones, permitindo a comunicação, direta ou indireta, com familiares, parceiros no crime, egressos e os próprios agentes penitenciários. ORDEM JUDICIAL  
As ordens de afastamento e os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz de Itaitinga, Cristiano Silva Sibaldo de Assunção, e cumpridos nas residências, unidades prisionais e na sede da Sejus, no Meireles. 

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