sábado, 7 de maio de 2016

Dobram os casos confirmados de febre chikungunya no Ceará


Chega a 548 o número de casos confirmados de chikungunya no Ceará.Em um comparativo com os dados do boletim epidemiológico do dia 20 de abril, quando o Estado registrava 267 casos, a doença cresceu 105,2%. Outros 463 casos permanecem sendo investigados pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).

A doença foi confirmada em 37 municípios, destacando-se as cidades de Assaré e Capistrano com incidência de casos confirmados acima de 300 por 100 mil habitantes. Conforme os dados, a média de idade de maior incidência dos casos confirmados foi entre 41 e 86 anos de idade. Contudo, o médico infectologista, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Anastácio de Queiroz Sousa a doença atinge pessoas de todas as idades.

"Mas, como ela causa forte sofrimento nas articulações, essas pessoas com idade mais avançada, muitas vezes, já têm outras doenças e sentem a chikungunya com mais intensidade", explica.

Entre os casos fora da curva de idade com maior incidência, está o de Carlos Henrique, 7, filho da funcionária pública Fernanda de Oliveira. "Ele sentiu uma dor no joelho, e a gente achou que era do futebol. Mas aí veio a febre muito alta e o outro joelho começou a doer muito também. Doía tanto, que ele não conseguia andar", descreve Fernanda os primeiros sintomas que levaram à internação médica que já completa três dias do menino.

A chikungunya foi a primeira das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti - as outras são febre amarela, zika e dengue - que Carlos contraiu. E como a chikungunya só tem um sorotipo, diferente da dengue que tem quatro, o menino agora está imune.

"O número de casos no Ceará é preocupante, porque quanto mais gente infectada, mais o mosquito tem de onde tirar o vírus e como é uma doença relativamente nova não têm pessoas imunes a ela. O potencial de que ela se espalhe é grande", comenta o infectologista, lembrando que a chikungunya causa fortes dores articulares, febre alta e, mesmo após a semana com sintomas mais intensos, pode levar ao sofrimento persistente por longos dias.

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