Na noite desta terça-feira
(03), o secretário da Saúde do Ceará, Ciro Gomes, falou com a imprensa
momentos antes de participar do encontro dos partidos que compõem a base
de apoio do Governo do Estado, realizado em um hotel de Fortaleza.
Perguntado sobre a possibilidade da renovação da aliança com o PMDB,
tendo o nome de Eunício Oliveira como indicado da base ao Palácio da
Abolição, Ciro assumiu que, para ele, a indicação do senador é muito
remota.
De acordo com o secretário, Eunício “tem se associado a
tudo que representa o retrocesso ao estado do Ceará. Parece esses sinais
de aeroporto, a chamada biruta de aeroporto: ora vai pra cá, ora vai
pra lá, ora afirma isso, ora afirma aquilo. E o cearense precisa de
rumo, precisa de firmeza. Tanto mais nesses tempos bicudos que estamos
vivendo”.
A primeira resposta do PMDB à ofensa do Ferreira Gomes
veio de Vitor Valim, líder do partido na Câmara Municipal de Fortaleza.
Em pronunciamento na Sessão Plenária desta quarta-feira (04), o vereador
fez duras criticas a Ciro Gomes. No calor do discurso, Valim chegou a
referir-se ao secretário como "galinho garnizé" e "bala perdida". "O
Ciro é um bala perdida. E são essas mesmas balas que estão matando o
cidadão cearense", afirmou. De acordo com Vitor Valim, o PMDB está sendo
perseguido por “forças do atraso” que não querem ouvir a população, e
que apenas querem forçar a candidatura de alguém “por interesse
familiar”.
Eunício Oliveira, por sua vez, em entrevista também
nesta quarta-feira, disse preferir não fazer o embate político e sim o
debate político. Para o senador, sua candidatura não será “anti-Cid” ou
“anti-governo”, mas sim “pós-Cid”, “pós-governo”. Segundo ele, o PMDB
pretende conversar com a sociedade, já que quem ouve mais erra muito
menos. “Eu não vou ficar batendo boca. Já estou bastante maduro na vida
pessoal e política para não morder determinadas iscas”, rebateu o
parlamentar.
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