quinta-feira, 5 de junho de 2014

Partidos ameaçam abandonar o palanque do candidato de Cid Gomes

Faltando menos de um mês para a finalização do prazo legal para o registro das candidaturas que comporão as chapas nas próximas eleições, a indefinição do nome que concorrerá ao comando do Palácio da Abolição, com o apoio do governador Cid Gomes, vem deixando o clima cada vez mais tenso entre os partidos que formam a base de apoio do PROS no Ceará. Por conta da demora, algumas das legendas que fazem parte da aliança já pensam em assumir uma nova posição no quadro de articulações políticas que se consolidam no Estado.

Na última terça-feira (03), o presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, esteve reunido, em São Paulo, com o pré-candidato ao Governo do Ceará, Eunício Oliveira (PMDB). No encontro, que também teve a presença de presidente do diretório cearense do PSD, Almicy Pinto, os líderes discutiram a possível formação de alianças para o apoio às candidaturas dos dois partidos. A intenção do PSD é a de aumentar o número de representantes do partido no Congresso Nacional, condição que, segundo as analises, é mais favorável com a união ao PMDB. Em entrevista ao Ceará News 7, o deputado federal Manoel Salviano (PSD) declarou que sua legenda também pode compor a chapa majoritária, no próximo pleito, ao lado do senador.

Já a crise entre o PROS e o Partido Popular Socialista (PPS) deve-se ao possível apoio do grupo de Cid Gomes ao pré-candidato do PT ao Senado Federal, José Guimarães. Para o presidente do PPS no Ceará, Alexandre Pereira, seu partido não tem como dar continuidade ao acordo se tiver que aceitar a indicação do petista, abrindo mão de uma candidatura própria.

Moroni Torgan, presidente do Democratas (DEM) no Estado, declarou no início deste mês que “o candidato do DEM é o que o Cid indicar aqui no Ceará”. O apoio do ex-deputado federal ao governador, aparentemente, não repercute entre os membros da Executiva Nacional do DEM. Para o presidente da legenda, senador José Agripino Maia, o seu partido não formará palanque com Cid nas próximas eleições. Moroni também estaria desagradando seus correligionários cearenses, que ficaram incomodados com a centralização do comando do partido e com sua possível aproximação com o PT, que também está ao lado do PROS. Uma reunião entre as lideranças locais e nacionais do DEM está sendo agendada para os próximos dias.

O Solidariedade é o quarto partido que pode romper com a base de apoio ao governador. O deputado federal Paulinho da Força, presidente nacional da legenda, vou visto por diversas vezes conversando com o senador Eunício Oliveira. Os debates ainda seguem para avaliar a possibilidade de apoio da à candidatura do PMDB. O deputado federal Genecias Noronha, que comando o Solidariedade no Ceará e é próximo aos Ferreira Gomes, não se pronuncia sobre o assunto.

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