O
deputado Ferreira Aragão (PDT-CE) fez mais um pronunciamento na tribuna
da Assembleia, usando os 15 minutos do primeiro expediente. Ele cobrou
uma abordagem mais intensa por parte da polícia durante a manifestação
ocorrida na manhã de quinta-feira, na praça Portugal, na avenida Dom
Luís.
Em seu pronunciamento,
Ferreira Aragão informou que algumas pessoas assaltaram as lojas
localizadas naquela avenida, quebrando vidraças e batendo em seus
funcionários.
“Fazem o que querem. E quem paga o prejuízo?
Essas pessoas não são manifestantes, são bandidos. Lá no Rio de Janeiro,
a polícia e o Exército estão preparados, com armamento mais pesado, por
saber que os black blocs estão aliados ao PCC. Vão atacar com armas
pesadas, nada de bala de borracha. É assim que funciona”, avaliou.
Para o parlamentar pedetista, esse tipo de crime em manifestações
precisa ser tratado com mais rigor, pois aqueles que são levados à
delegacia por dano ao patrimônio público não podem ser presos, o que
resulta na desmoralização da Polícia e da Justiça brasileira.
Ferreira Aragão lembrou ainda que, com a realização da Copa do Mundo no
Brasil, a imprensa internacional estará mostrando a real situação do
País e a falta de “pulso” de seus governantes.
“As câmeras do
mundo todo estarão aqui em nosso País e vão mostrar como está a nossa
situação. Vão ver que a presidente não tem pulso e nem os outros
políticos, pois temos poucos que realmente se importam com o povo.
Precisamos de um líder, como Juscelino, Getúlio, Lacerda, que iam para o
meio do povo”, assinalou.
O pedetista criticou ainda a forma
como o Mundial irá acontecer no Brasil, afirmando que a Fifa exigiu
coisas que nenhum país acataria. “Vamos ter a Copa, mas de um jeito que
ninguém quer. Prometeram-nos transformações em nosso País e nada está
feito. A Fifa fez o que quis aqui dentro e ninguém disse nada. Até a
pipoca que vai ser vendida no estádio é Fifa, tirando a oportunidade dos
nossos ambulantes. Vai ver se alguém quer Copa assim? A próxima vai ser
na Rússia, e duvido que ela vai construir 12 estádios”, declarou.
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