“Saí confiante que ele (Temer) atenda, se não todas as demandas, mas grande parte delas. Esse centro da PF traz um aumento considerável de efetivo. Fomos pedir para que o centro fosse aqui porque Ceará e Fortaleza são utilizados como rota de tráfico para a Europa. Ele concordou e nos deu a garantia que podíamos anunciar de imediato a implementação desse centro em Fortaleza”, afirmou o governador ontem, durante cerimônia de assinatura de ordem de serviço para construção do Mercado das Flores, no bairro Joaquim Távora.
No entanto, apesar do anúncio e das garantias presidenciais, não há definição de data para implementação do Centro.
A audiência com Temer foi solicitada no último sábado, 27, data da Chacina das Cajazeiras, a maior da história do Estado, que deixou 14 mortos. No entanto, o Governo já havia criticado e cobrado do Governo Federal em outras ocasiões uma maior participação nas questões da segurança pública do Estado.
“O Governo Federal precisa assumir suas responsabilidades no combate ao narcotráfico e proteção das fronteiras quanto ao tráfico de drogas e armas. A responsabilidade constitucional de combater isso é do Governo Federal. Repeti isso ao presidente e minha crítica não é só ao atual governo. Todos os governos que passaram, não tiveram o devido cuidado de olhar essa questão”, complementou Camilo elevando tom.
O governador levou a Temer lista de oito demandas, das quais sete foram atendidas integralmente ou parcialmente. Isso porque o pedido de apoio para a construção e equipagem de um Centro Integrado de Inteligência do Ceará — com recursos de R$ 15 milhões — precisa de liberação do Congresso.
Outro pedido atendido, mesmo que parcialmente, comemorado por Camilo foi a construção de duas penitenciárias regionais. A ideia do governador é implementar 14 dessas unidades para extinguir as cadeias públicas municipais. A solicitação foi feita ao presidente uma dia após uma outra chacina que vitimou dez pessoas dentro da cadeia pública de Itapajé.
“Temos hoje 132 cadeias espalhadas pelo Interior. Cadeias antigas, vulneráveis. E a gente já vem trabalhando a construção de 14 Centros Regionalizados de presídios para acabar com essas 132 cadeias”, finalizou.
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