quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Guimarães protesta contra retomada da Reforma da Previdência



Parlamentares da bancada do PT na Câmara e no Senado criticaram a mais recente tentativa do governo Temer de ressuscitar a reforma da Previdência.

A discussão está parada desde a eclosão do escândalo da JBS que resultou em duas denúncias (arquivadas pela Câmara) contra o atual presidente por organização criminosa e obstrução de justiça, e também por corrupção passiva.

Apresentada na última semana, a nova versão da reforma amplia a idade mínima da aposentadoria dos homens para 65 anos e das mulheres para 62 anos. A proposta estipula ainda o tempo mínimo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) — ou seja, ao INSS — em 15 anos. Quem cumprir esse prazo mínimo receberá apenas 60% do benefício. Para chegar a 100% do valor, além da idade mínima, será preciso contribuir por, no mínimo, 40 anos.

Para o deputado federal José Guimarães, que participou do protesto, pesquisas apontam que a maior parte dos brasileiros é contra a reforma da Previdência. "O governo que não tem aprovação nem de 5% da população quer empurrar goela abaixo uma reforma que somente prejudica os trabalhadores. Por que não ir atrás dos grandes sonegadores", sugeriu.
Em um artigo, o bispo da cidade de Jales, em São Paulo, Dom Reginaldo Andrietta, propõe um levante popular pacífico contra a Reforma da Previdência.

O bispo afirma que a proposta a ser analisada pela Câmara dos Deputados foi negociada na base de compra de votos. Além disso, afirma o religioso, que o texto reduz direitos constitucionais e põe em risco a vida de milhares de brasileiros, especialmente os mais vulneráveis.

“Se pegarmos os últimos 30 anos, chegaremos na casa dos trilhões de reais desviados dos cofres da Previdência. E o triste disso tudo é que o governo quer cobrar novamente do trabalhador, aquele que paga a Previdência religiosamente com o seu salário. Só ele será penalizado. Vão atacar a cúpula do Congresso, quem acumula aposentadorias? Só querem atacar da classe média para baixo”, criticou.

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