terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Financiamentos de veículos já injetaram R$ 81,4 bi este ano


O mercado de crédito para financiamento de veículos continua registrando alta em 2017. De janeiro a outubro, o sistema financeiro liberou R$ 81,4 bilhões, o que representa uma alta de 22,6% em doze meses. Com o resultado, em apenas dez meses, o volume liberado pelos bancos de montadoras e pelas instituições independentes atingiu quase o mesmo montante registrado durante todo o ano de 2016, que foi de R$ 82,2 bilhões.
Outro indicador que confirma a recuperação do mercado é a taxa de inadimplência: 3,8%, o menor índice de 2017, segundo informou, ontem, a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).
“Uma das principais razões para o aumento na procura pelo crédito se deve à queda das taxas de juros. Com isso, o consumidor tem se sentido mais confiante em investir num bem de maior valor”, afirma o presidente da entidade, Luiz Montenegro. “Se for mantida a previsão atual para o cenário econômico, a tendência para os próximos meses deverá ser de juros mais baixos, aumento da confiança do consumidor, crescimento na procura pelo financiamento e redução no número de não pagadores”, completa.
Crescimento
Dos R$ 81,4 bilhões concedidos ao crédito, R$ 79,9 bilhões foram destinados aos contratos de CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e o R$ 1,5 bilhão às operações de leasing. Na comparação com igual período de 2016, houve aumento de 23,5% no volume de financiamento, enquanto no leasing foi registrada uma queda de 12,1%.
Em outubro, o mercado de crédito para a aquisição de veículos registrou o segundo melhor resultado do ano. O total liberado foi de R$ 9,23 bilhões, aumento de 10,3% na comparação com setembro e de 38,7% em relação ao mesmo período de 2016.
O montante só ficou abaixo do registrado em agosto, com R$ 9,26 bilhões. Para as pessoas físicas foram destinados R$ 8 bilhões, enquanto que, para as jurídicas, R$ 1,2 bilhão. Para as operações de leasing, foram liberados R$ 160 milhões, crescimento de 21,2% em relação a setembro e de 9,6% em doze meses. O maior volume, de R$ 133 milhões, foi disponibilizado para as empresas e os R$ 27 milhões restantes para as pessoas físicas.
Atrasos caem
Em outubro, o nível de inadimplentes registrou o índice mais baixo do ano. Entre as pessoas físicas foi de 3,8%, queda de 0,1 ponto percentual em relação a setembro, e de 0,9 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre as pessoas jurídicas, a taxa foi de 3,0%, menos 0,1 ponto percentual na comparação com o mês anterior e de 2,2 pontos percentuais em 12 meses.
Na carteira de leasing, o índice de pessoas físicas que deixaram de quitar os seus negócios foi 2,6%, mesmo patamar registrado no mês anterior, e volume 1,4 ponto percentual menor ao registrado no mesmo período de 2016. Entre as empresas, a taxa foi de 2,1%, 0,3 ponto percentual menor na comparação com setembro, e 1,4 ponto percentual inferior nos últimos 12 meses.
Saldo das carteiras sobe e juros tem queda
O saldo das carteiras em outubro foi de R$ 165,9 bilhões, volume 0,9% superior ao registrado no mês anterior e 1,5% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. As operações de CDC respondem por R$ 162,2 bilhões, o que representa um aumento de 1% na comparação com setembro, e de 2,1% em doze meses – os R$ 3,7 bilhões restantes referem-se ao leasing. O volume de negócios nessa modalidade de crédito, no entanto, registrou queda de 2,6% no mês e de 19,6% em relação ao mesmo período de 2016.
O saldo de crédito para a aquisição de veículos para pessoas físicas e jurídicas corresponde a 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Em outubro do ano passado, esse indicador era de 2,6%, o que corresponde a uma queda de 0,1%. O volume representa 5,4% do total do crédito do SFN (Sistema Financeiro Nacional) e 10,8% do total das operações de crédito – Recursos Livres.
Por fim, a Anef informou que as taxas de juros praticadas pelos bancos de montadoras foram de 19,7% ao ano e de 1,5% ao mês. Já as instituições financeiras independentes trabalharam com índices de 22,5% e 1,7%, respectivamente. O prazo médio das concessões é de 42,2 meses. Já o prazo máximo oferecido pelos bancos é de 60 meses.

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