A indicação foi de encontro aos intereses do senador Romero Jucá (PMDB), que queria a colega Ana Amélia - pró-impeachment - no cargo.
Jucá assumiu a presidência nacional do PMDB após o Michel Temer (PMDB) se licenciar do cargo, e se tornou um forte aliado do vice-presidente na guerra pela presidência da República.
A nomeação de Raimundo Lyra por Eunício foi, na verdade, um aviso a Jucá e Temer. Eunício é o líder do partido na Casa e qualquer articulação da sigla no Senado deve passar pelas mãos dele, não de Jucá.
Apesar de ter assistido à votação do impeachment junto a Temer, no Palácio do Jaburu, Eunício tenta manter uma postura mais recatada diante do processo, mais próxima à do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
Publicamente, Eunício defende apenas que Temer tem condições para governar e deixa a saída de Dilma a cargo das investigações contra ela.
Já Renan tenta se mostrar imparcial e evita desgastes com os dois lados: Temer e Dilma. O presidente do Senado, que há anos não se bica com o vice-presidente da República, preferiria a manutenção do governo Dilma, no qual tem mais influência.
Renan articulou, inclusive, tirar a presidência do PMDB das mãos de Temer em março deste ano, mas acabou desistindo da disputa em um acordo de unificação da sigla.
Lyra
Raimundo Lyra se diz indeciso sobre o impeachment e é um dos senadores mais próximos a Eunício na Casa. Eunício Oliveira quer a presidência do Senado em 2017.
Com informações do colunista Lauro Jardim (O Globo)
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