sábado, 22 de novembro de 2014

Grupo de oposição na AL se reúne com Eunício

Com o objetivo de fortalecer a formação de um bloco parlamentar independente do governador eleito Camilo Santana (PT) a partir de janeiro na Assembleia Legislativa, o senador Eunício Oliveira (PMDB) reuniu-se, na tarde de ontem, com 12 deputados estaduais eleitos que se articulam como oposição ao governo e com outros aliados. O parlamentar negou, entretanto, que sua participação seja a de líder, mas apenas de apoio.
"Não sou o líder do bloco, estou apenas junto com eles, porque entendo que a população nos colocou nessa posição", destacou o peemedebista. "Convidei-os para um almoço, mas isso aconteceu depois de várias reuniões entre eles. Não foi uma iniciativa pessoal. É uma iniciativa dos parlamentares que foram eleitos pela oposição. Cabe a eles fazer a coordenação, a liderança. Eu estou apenas participando e apoiando esse bloco".
Estiveram presentes no almoço os deputados eleitos Audic Mota (PMDB), Capitão Wagner (PR), Carlomano Marques (PMDB), Carlos Matos (PSDB), Danniel Oliveira (PMDB), Dra. Silvana (PMDB), Ely Aguiar (PSDC), Fernanda Pessoa (PR), João Jaime (DEM), Roberto Mesquita (PV), Tomaz Holanda (PPS) e Walter Cavalcante (PMDB), além do vice-prefeito de Fortaleza, Gaudêncio Lucena (PMDB), Roberto Pessoa (PR), Lúcio Alcântara (PR) e Marlon Cambraia.
Palanque
Eunício, que perdeu a disputa pelo governo para Camilo, nega que a ação de montar um bloco de oposição na Assembleia seja uma atitude revanchista. "Nós já descemos do palanque, a eleição já passou e o que nós precisamos fazer agora é fazer um conjunto de parlamentares que irão, obviamente, fiscalizar o Poder Executivo, que é o papel deles", apontou o senador.
O papel principal do bloco será, segundo Eunício, fiscalizar as ações do Executivo e cobrar de Camilo a execução de suas promessas de campanha. "Não é fazer campanha nesse momento, não é continuar no palanque. Não é fazer oposição por oposição, mas uma oposição propositiva e questionadora daquilo que foi prometido para a sociedade cearense", ressaltou.
Questionado a respeito do recado de Camilo de que o próximo ano seria de contenção de gastos, o senador preferiu não se manifestar a respeito. "Eu não quero avaliar, até porque ele nem assumiu o governo. Deixa ele assumir o governo, vamos ver de que maneira ele vai se comportar", destacou.
Eunício avaliou como natural que alguém do grupo possa mudar de lado, migrando para o governo, mas ponderou que o parlamentar que deixar de assumir o posicionamento pelo qual foi eleito estará "traindo o eleitor que, ao votar nele, sabia que estava votando em alguém que não defendia essas posições, mas um posicionamento contrário".
Disputas municipais
Ao se reunir com os aliados, Eunício já prepara terreno para as disputas municipais, motivado pela significativa votação que recebeu principalmente em Fortaleza e Região Metropolitana. "Saímos dessa eleição com um capital político importante, que a gente precisa preservar e alimentar. (?) O próximo momento vai ser a eleição de Fortaleza e das cidades do interior. Vamos buscar a unidade desse grupo e da aliança que construímos no Ceará e, se possível, ampliá-la".
Sobre a relação como senador com o governador Camilo Santana, Eunício afirmou que será de caráter institucional e continuará a trazer recursos para o Ceará. "Eu não serei opositor no Senado. Eu vou ser alguém que vai continuar trazendo recursos para o Estado, vou continuar fazendo o que eu sempre fiz. (?) Obviamente que numa posição de deixar claro para o Ceará o que está acontecendo em Brasília, e de que forma esses recursos chegaram aqui e para que eles chegaram, além de fiscalizar".

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