Londres. Documentos secretos da inteligência britânica
mostram que a Agência Nacional de Segurança (NSA, da sigla em inglês)
americana e a GCHQ, sua equivalente no Reino Unido, conseguem rastrear
dados de usuários de aplicativos de smartphones. Entre as informações
que podem ser coletadas, estão desde o modelo do telefone e o tamanho da
tela, até a localização do usuário, sua idade e outras informações
pessoais, segundo os novos documentos vazados pelo ex-técnico da NSA
Edward Snowden, que está asilado na Rússia.
As
duas agências colaboram entre si para rastrear alvos que utilizem o
Google Maps em seu smartphone ou aplicativos como Facebook Foto:
Divulgação
Um dos relatórios britânicos, de 2012, afirma que
é possível, inclusive, vasculhar aplicativos que contêm detalhes como
"alinhamento político" de um usuário ou sua orientação e preferência
sexual.
Documentos
Os documentos não
deixam claro a quantidade de informação que é coletada e armazenada, nem
quantos usuários seriam afetados -e se o monitoramento extrapola suas
fronteiras. Os dois governos estariam trabalhando em formas de buscar e
armazenar dados a partir de dezenas de aplicativos desde 2007.
Desde
então, as duas agências colaboram entre si para rastrear a localização e
informações de planejamento de alvos que utilizem o Google Maps em seu
smartphone, ou as listas de contato, registros de telefone e até dados
geográficos em fotos postadas, pelo celular, nos aplicativos do
Facebook, do Flickr, do LinkedIn e do Twitter.
Os documentos
revelam que a NSA e a agência britânica obtêm, de forma rotineira,
informações a partir de certos aplicativos -especialmente os mais
antigos.
Segundo o jornal New York Times, que teve acesso aos
documentos junto com o Guardian e a agência de notícias investigativas
ProPublica, a NSA e a GCHQ têm a mesma capacidade com alguns aplicativos
mais recentes, mas não é possível saber se eles também são rastreados.
Um
documento, de 2008, da agência britânica, destaca que "qualquer um que
use o Google Maps em um smartphone está trabalhando para a GCHQ"
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