terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Dados de celulares são rastreados

Londres. Documentos secretos da inteligência britânica mostram que a Agência Nacional de Segurança (NSA, da sigla em inglês) americana e a GCHQ, sua equivalente no Reino Unido, conseguem rastrear dados de usuários de aplicativos de smartphones. Entre as informações que podem ser coletadas, estão desde o modelo do telefone e o tamanho da tela, até a localização do usuário, sua idade e outras informações pessoais, segundo os novos documentos vazados pelo ex-técnico da NSA Edward Snowden, que está asilado na Rússia.

As duas agências colaboram entre si para rastrear alvos que utilizem o Google Maps em seu smartphone ou aplicativos como Facebook Foto: Divulgação
Um dos relatórios britânicos, de 2012, afirma que é possível, inclusive, vasculhar aplicativos que contêm detalhes como "alinhamento político" de um usuário ou sua orientação e preferência sexual.

Documentos

Os documentos não deixam claro a quantidade de informação que é coletada e armazenada, nem quantos usuários seriam afetados -e se o monitoramento extrapola suas fronteiras. Os dois governos estariam trabalhando em formas de buscar e armazenar dados a partir de dezenas de aplicativos desde 2007.

Desde então, as duas agências colaboram entre si para rastrear a localização e informações de planejamento de alvos que utilizem o Google Maps em seu smartphone, ou as listas de contato, registros de telefone e até dados geográficos em fotos postadas, pelo celular, nos aplicativos do Facebook, do Flickr, do LinkedIn e do Twitter.

Os documentos revelam que a NSA e a agência britânica obtêm, de forma rotineira, informações a partir de certos aplicativos -especialmente os mais antigos.

Segundo o jornal New York Times, que teve acesso aos documentos junto com o Guardian e a agência de notícias investigativas ProPublica, a NSA e a GCHQ têm a mesma capacidade com alguns aplicativos mais recentes, mas não é possível saber se eles também são rastreados.

Um documento, de 2008, da agência britânica, destaca que "qualquer um que use o Google Maps em um smartphone está trabalhando para a GCHQ"

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