As informações do serviço de informações Broadcast, da Agência Estado.
O motivo é simples: como o crescimento deste ano será bem menor do que o previsto na peça orçamentária, os cortes serão necessários para evitar que o governo eleve a meta de rombo fiscal e afunde ainda mais a pouca credibilidade que tem.
Na peça enviada ao Congresso, o governo previu alta de 1,6% do PIB neste ano, mas a média das previsões de mercado aponta para apenas 0,5%, com viés de baixa.
Isso significa que a arrecadação será menor e o governo terá que cortar mais despesas ou propor novos impostos para tentar manter a meta.
Na prática, o golpe quebrou o Brasil. Em 2015, quando o PSDB, de Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso, se aliou ao PMDB, de Eduardo Cunha e Michel Temer, para instaurar a política do "quanto pior, melhor" e viabilizar o impeachment, o PIB caiu 5%. Em 2016, quando Michel Temer e Henrique Meirelles se mostraram incapazes de conter o déficit e ampliaram o rombo para quase R$ 200 bilhões, a queda será de 3,5%. E 2017 já está perdido.
Ou seja: o Brasil entrou na espiral negativa, com menos consumo, menos investimento, menos arrecadação e mais necessidade de austeridade fiscal.
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