quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Eunício articula candidatura única à presidência do Senado e une até oposição em torno do seu nome


O senador Eunício Oliveira (PMB) articula para ser candidato único à presidência do Senado. O peemedebista, em campanha desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ofereceu aos demais partidos uma composição da Mesa Diretora com representação proporcional ao tamanho de cada bancada, incluindo legendas de oposição, como PT e PDT.
Entre as adesões já declaradas, estão o PSD, com quatro senadores. O presidente da legenda, o ministro Gilberto Kassab (Comunicações), confirmou o apoio do partido. O PT - dez senadores - também já embarcou na candidatura de Eunício e deve indicar cargo relevante para na Mesa Diretora ou a primeira vice-presidência. Atualmente, o nome mais cotado dentro do partido é o do senador José Pimentel (PT-CE).
O PSDB, com doze senadores, também aderiu a Eunício. O presidente do partido, senador Aécio Neves, deve indicar o senador Paulo Bauer - nome mais cotado - para compor a Mesa Diretora. A direção do DEM - quatro senadores - também já declarou apoio, assim como o PP - sete senadores - e o PSB - seis.
PMDB
O PMDB talvez seja agora o problema mais complicado para a candidatura única de Eunício. O senador precisa articular um destino favorável ao atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O alagoano poderá assumir a presidência da Fundação Ulysses Guimarães, com orçamento três vezes superior ao do partido ou presidir a Comissão de COnstituição e Justiça (CCJ) da Casa, cargo vago com a saída de Raimundo Lira (PMDB) à liderança da bancada.
A senadora Marta Suplicy deve assumir a Procuradoria da Mulher, cargo que agrada a parlamentar, militante feminista. A última ponta solta no partido seria o senador e ex-ministro Romero Jucá. Jucá luta nos bastidores para suceder Calheiros, com a benção do próprio presidente da Casa. Jucá não deve obter sucesso na empreitada devido também ao envolvimento nas gravações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, permanecendo na presidência nacional do partido.

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