Um caso suspeito de calazar e a morte de uma menina por causa da doença nesta semana revoltaram moradores e familiares nas cidades de Várzea Alegre e Juazeiro do Norte, no cariri cearense.
Os moradores de Várzea Alegre fizeram um protesto pelas ruas da cidade na manhã deste sábado (18) contra cobrando ações de combate à proliferação do calazar, após um menino morrer com sintomas durante a semana. A secretaria municipal não confirmou que a morte foi provocada pela doença.
Em Juazeiro do Norte, nesta semana, o calazar matou uma menina de quatro anos. A família da garota diz que ela passou pelo menos três meses doente e questiona a demora para diagnosticar a doença na rede pública da cidade. “Tanto exame que fizeram e não acusou nada. A médica disse que ela não precisava ficar internada, que ela ia ficar boa”, disse Juliana Sampaio, mãe da menina. O Secretário de Saúde de Juazeiro do Norte, Plácido Basílio, confirma a morte da menina de quatro anos por calazar e diz que a família deve formalizar a reclamação contra o atendimento. A Secretaria de Saúde do Estado ainda não confirmou os casos.
A Secretaria de Saúde de Juazeiro do Norte está fazendo um bloqueio epidemiológico na área próxima à residência da vítima. Agentes de saúde fazem o combate ao mosquito que transmite a doença e fazem teste em cães que são os hospedeiros do calazar, além de orientar a população sobre a doença. Neste sábado, a previsão é visitar 22 residencias do Bairro João Cabral.
O médico infectologista Plabo Pita, diz que o combate ao calazar deve ser feito a partir dos vetores da doença. "O que agente puder fazer de medidas ambientais, política de saúde pública, pra puder controlar o vetor, com medidas de saneamento básico e medidas sanitárias para eliminar os reservatórios caninos que estão soltos na cidade, é eficaz pra impedir a transmissão da doença.
Leishmaniose Visceral
O calazar é uma doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui. Ao picar, ele introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania Chagasi. O parasita percorre o corpo do hospedeiro e atinge o fígado, o baço e até a medula óssea. Se não tratada a leishmaniose visceral pode até matar.
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