quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Renan tenta enfraquecer candidatura de Eunício para dar sequência à cruzada contra Lava Jato


Está em disputa no Senado, além do comando da Casa, o posicionamento em relação aos avanços da Operação Lava Jato.
O senador Eunício Oliveira (PMDB), favorito na disputa pela sucessão de Renan Calheiros (PMDB), já deu indícios que não dará sequência à cruzada contra o Judiciário, iniciada por Calheiros, sob a benção de José Sarney (PMDB) e Jader Barbalho (PMDB).
Eunício foi contra a aprovação, em regime de urgência, do projeto sobre "abuso de autoridade" proposto pelo grupo de Renan em represália à Lava Jato e ao Judiciário como um todo.
A não adesão de Eunício à empreitada é tida pelo grupo, inclusive, como uma das causas do fracasso.
Por outro lado, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede), Cristovam Buarque e outros independetes pressionam Eunício por diálogo com o Judiciário, chegando a acordos sobre abuso de autoridade e até pautar a votação do fim do foro privilegiado.
Receando que Eunício assuma posicionamento diferente do já impetrado por Renan e seu grupo, o atual presidente da Casa tenta, nos bastidores, endossar o nome do aliado Romero Jucá na disputa pela presidência do Senado, porém dificilmente o ex-ministro será aceito. Renan quer deixar o cargo, mas continuar a dar as cartas na Casa.
Jucá foi derrubado do Ministério do Planejamento após ser gravado pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado articulando soluções escusas para barrar o avanço da Lava Jato.
Eunício dialoga bem dentro do PMDB e entre diversos grupos políticos e, além disso, conta com o apoio do Palácio do Planalto.

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