quarta-feira, 27 de julho de 2016

Artigo Dr Rildson Martins (A postura de grandeza do advogado)


Advogado
A história julga impie­dosamente , sem hiatos, a autoridade que usa o poder com arrogância, colo­cando no catre o seu nome. Quem, assim age, perde a opor­tunidade de fazer valer o seu dever de bem servir ao inte­resse coletivo, emprestando um desserviço a sociedade e ao Estado, mesmo por que todos os agentes estatais são prestadores de serviços em favor do interesse republicano.
Com efeito, o advogado é um dos auxiliares do poder ju­diciário à medida que a sua presença é indispensável a administração da justiça. No dizer expressivo de He­leno Fragoso, ao advogado se "exige independência, bravura pessoal, capacidade de impro­visação e de reação diante de abusos ...". Para Clito Fornaci­ari Júnior, meu distinto parceiro de estudos na PUC/SP, "a coragem deve ser cúm­plice e parceira do advogado, posto que a este o constituinte busca quando o conflito é mais candente, quando os interesses em jogo fervilham". É verdade, não há lugar na trincheira da advocacia para os causídicos fracos, subservientes e covardes, posto que estes não agregam em seu redor colegas brilhantes.
Busato , reportando-se so­bre as prerrogativas do advo­gado, diz que elas vão além do interesse corporativo, quando afirma: "Trata-se de defender coletividade, pois, se compre­endemos o que significam as prerrogativas essenciais ao tra­balho do advogado, constata­mos que os seus direitos profis­sionais são, antes, direitos dos cidadãos", como assim aconte­ce com as garantias constituci­onais dos magistrados: vitalici­edade, inamovibilidade e irre­dutibilidade de vencimentos.
Segundo Rui, o advogado, no seu exercício profissional diário, não pode se subordinar a nenhum outro poder huma­no, senão à lei e à sua própria consciência.Ives Gandra Martins prega que " ... A história da humani­dade lembra-se apenas dos co­rajosos que não tiveram medo de enfrentar os mais fortes, se justa a causa, esquecendo ou es­tigmatizando os covardes e os carreiristas...".
Alexandre , "O Grande" ao flagrar seus samangos ébrios e re­belados, disse-lhes: vocês pare­cem inimigos vencidos. Assu­mamos, portanto, auxiliando o Poder Judiciário, comporta­mento de advogados vitoriosos, sempre crentes na operosidade positiva da Justiça, não adotando , de outro giro, a pos­tura de alguns profissionais va­lorosos da área de saúde que malham, com razão, os remédi­os alopáticos em face dos seus reconhecidos efeitos colaterais, mas não deixam de prescrevê-los aos seus pacientes, relegan­do a comprovada eficiência da medicina alternativa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário