Todos os dias a dona de casa Elizabete da Silva, moradora de Bitupitá, Distrito do município de Barroquinha, na Região Norte, se dirige à sala de ordenha do Hospital Regional Norte em Sobral, para retirar e armazenar leite para a filha recém-nascida, que está internada na UTI Pediátrica. A criança, de dois meses, deu entrada no hospital pela emergência, no dia 25 de julho, transferida de Camocim, ainda por conta de complicações do parto.A alimentação, dada a cada três horas, tem garantido o estímulo da produção de leite materno, e ajudado no ganho de peso da criança. “Todo dia eu aprendo alguma coisa sobre a amamentação e como ela pode garantir a saúde da minha filha. Por enquanto, ela ainda não pode mamar diretamente do peito, mas o leite que é retirado já faz parte da dieta dela”, disse.Elizângela Melo é outra mãe que frequenta a sala de ordenha diariamente para garantir a alimentação do filho Alisson, com um mês de vida. O bebê, que nasceu prematuro, também deu entrada pela Unidade de Terapia Intensiva, passando pela Unidade de Cuidados Especiais, e agora se encontra, junto à mãe, na enfermaria Canguru, setor do hospital que amplia o tempo de contato entre os dois.
“Agora meu filho já pode se alimentar diretamente do peito, mesmo assim, eu continuo fazendo a retirada de leite para doação, pois sei que outras crianças precisam, e não vai fazer falta a ele”, disse Elizângela, enquanto amamentava, orgulhosa, o primeiro filho.
Elizabete e Elizângela fazem parte das estatísticas do Banco de Leite do HRN que, nos primeiros sete meses do ano recebeu 1.127 mulheres, com uma média mensal de 15 doadoras, para cerca de 30 bebês, que recebem todo o leite coletado. Desde o dia 17 deste mês, o setor passou a oferecer o serviço de pasteurização, que agiliza o atendimento e amplia a oferta de leite materno na dieta dos bebês. O processo, também garante o estoque de leite doado para os filhos de mães que não produzem o alimento suficientemente.
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