Depois de um ano e quatro meses sem revelar os números de crimes contra o patrimônio, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) voltou a divulgar, ontem, as estatísticas de roubos e furtos no Ceará. Foram 8.981 ocorrências em julho. Uma média de 289 roubos e furtos por dia.
Os casos de roubo foram os mais comuns: 4.800, 154 por dia em média. Já os furtos, quando o patrimônio é levado sem que haja violência ou ameaça, somaram 4.181 casos em um mês. A média diária foi de 135.
O período da noite, entre 18 horas e 23h59min, foi o que mais registrou roubos no Ceará durante o mês de julho. Foram 33,1% das ocorrências. Furtos foram mais comuns de manhã, entre 6 horas e 11h59min, com 33,7% dos casos. Em ambos os tipos de crimes, a madrugada, de meia-noite às 5h59min, teve a menor quantidade de registros.
A quinta-feira foi o dia da semana em que houve maior ocorrência de roubos: 17,3%. Já o fim de semana se revelou o período mais tranquilo quanto a esse tipo de crime. Foram 12,4% das ocorrências aos sábados e 11,3% aos domingos. Entre os dias úteis, o dia com menos registros de roubos durante o mês de julho foi a terça-feira: 12,9%.
Já em relação aos furtos, a quarta-feira registrou maior percentual de ocorrências, 16%, seguida de perto pela sexta-feira, com 15,7%. O dia com menos registros foi a terça-feira, com 12,4%. Assim, a terça se mostrou o dia útil mais tranquilo quanto a ocorrências de roubos e furtos no Estado durante o último mês.
Capital
Mais da metade dos roubos foi registrada em Fortaleza. Foram 2.875 entre os 4.800 registros. Em relação aos furtos, foram 1.706 casos na Capital, entre os 4.181 no Estado.
A região da Capital com mais ocorrências tanto de roubos quanto de furtos foi a Área Integrada de Segurança (AIS) 1, que inclui bairros como Centro, Benfica, Parquelândia, Damas, Jardim América, Antônio Bezerra, Pirambu e Barra do Ceará.
A Região Metropolitana teve 797 casos de roubos e 648 de furtos. No Interior, foram 834 roubos e 1.423 furtos.
A região do Interior com mais ocorrências tanto de roubos quanto de furtos foi a da AIS 11, que reúne municípios como Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha.
Segundo a SSPDS, os números deixaram de ser divulgados devido à atualização no sistema de informações usado nas delegacias. Antes, os dados eram coletados de distrito. Agora, o processo será automatizado. Nesse intervalo, as informações usadas internamente eram consideradas inconsistentes.
Os índices relacionados a roubos e furtos devem, voltar a fazer parte do cálculo das metas para pagamento de gratificação a partir de 2016.
2.875 roubos foram registrados em Fortaleza, mais da metade do total
1.706 furtos ocorreram na Capital durante o mês de julho
Entenda cada crime
Diferença
A Secretaria Nacional da Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça utiliza uma doutrina que difere o furto do roubo.
Furto
O furto se entende por subtrair para si ou para outrem, coisa alheia móvel. No furto não há violência grave ou ameaça.
Roubo
Já o roubo, que a SSPDS trata como Crimes Violentos Contra o Patrimônio, se difere por ser praticado mediante grave ameaça ou violência à pessoa. A estatística de roubo do CVP inclui todos os tipos de roubo, menos o latrocínio (roubo seguido de morte), sendo este utilizado nas estatísticas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI).
Boletins de ocorrência
Boletins de Ocorrência (BOs), Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e os inquéritos policiais estão entre os dados utilizados nas estatísticas. A fonte desse material é o Sistema de Informações da Polícia Judiciária (Sip), que registra os procedimentos usuais da Polícia Civil.
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