Com a Segurança Pública no centro do debate pré-eleitoral, o governador Camilo Santana (PT) acompanhou, ontem, a instalação da 7ª Unidade Integrada de Segurança na Capital, sediada no Pici. Segundo destacou Camilo, a Uniseg será responsável pela intensificação dos serviços de policiamento ostensivo e comunitário nos bairros Pici, Bonsucesso, João XXIII, Jóquei Clube, Henrique Jorge, Autran Nunes e Dom Lustosa.
O governador ressalta que todas as localidades de Fortaleza seguem recebendo investimentos do Governo do Ceará para a Segurança Pública.
Camilo também enfatizou que, com a ação do Executivo, o efetivo da Polícia Militar para a região passa de 60 policiais para 267, cerca de 4,5 vezes maior do que o anterior. O número de viaturas, segundo informação oficial, também aumentou: de cinco carros para 11 carros, além da aquisição de nove motos e uma Base Móvel da PM, que não atuavam na área. A sede da Companhia será construída em terreno doado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), no Campus do Pici. O investimento estadual é de R$ 1.438.198,27.
Durante a solenidade de lançamento da Uniseg, que ocorreu na Praça Paula Ney, no Henrique Jorge, o governador Camilo Santana esteve acompanhado do secretário da Segurança e Defesa Social, André Costa, além de autoridades policiais e lideranças políticas locais. Na ocasião, Camilo destacou a importância da implantação das unidades integradas para dedicar mais policiamento concentrado em todas as áreas de Fortaleza, com os profissionais de segurança atuando em raios de alcance menores e de forma mais eficiente nos bairros os quais se dedicam diariamente.
“Nós reduzimos o tamanho do território de ação da polícia, com um efetivo maior e presença maior nas unidades, com o policial mais próximo da comunidade. Dentro do planejamento, estamos multiplicando o efetivo, reformando a delegacia, entregando base móvel e implantando o sistema de videomonitoramento em cada Uniseg. Também estamos dobrando o número de câmeras em Fortaleza, numa forma de fortalecer o trabalho da Segurança Pública na Capital e em todo o Ceará”.
Antes do Pici, Vicente Pinzon, Meireles, Conjunto Ceará, Bom Jardim, Messejana e Antônio Bezerra já tiveram unidades implantadas em Fortaleza, assim como Sobral e Juazeiro do Norte no interior.
O Chefe do Executivo aponta que, com o objetivo de aprimorar o serviço ofertado aos bairros, a nova Uniseg contará com uma Delegacia de Polícia Civil (27º DP) e uma Companhia da Polícia Militar (PMCE) exclusiva (2ª CIA/18º BPM).
Estrutura
O prédio do 27º DP passou por reformas: nova pintura, sinalização, reparos nos ar-condicionados, banheiros, recepção e iluminação no entorno. São dois delegados, quatro escrivães e 11 inspetores na unidade, além de dois carros. Os serviços dos Bombeiros serão realizados pelo Grupamento de Socorro de Urgência.
Responsável pela coordenação dos trabalhos policiais na Uniseg do Pici, o comandante João Wilson explicou que a unidade aproxima os policiais militares do cotidiano e das demandas específicas de cada bairro. Com unidade móvel e efetivo adaptado às localidades, os trabalhos de prevenção de crimes, conscientização, mediação de conflitos, além do ostensivo, trarão mais retornos positivos.
“O policiamento das Uniseg é inovador. Ele traz mais segurança para os bairros com policiamento comunitário, que trabalha especificamente com a população dessas localidades, vamos trabalhar com a segurança das escolas, fazendo trabalhos preventivos, orientando os alunos e contribuindo para afastá-los do uso de drogas, combater o bullying e casos de violência. Temos também o policiamento reativo para atender a todas as ocorrências, que para isso vamos contar com a novidade das novas motos, que nos darão ainda mais agilidade”, explicou.
Pacífico
Para Camilo Santana, dentro do Pacto por um Ceará Pacífico, a instalação das Uniseg cumpre o papel de desenvolver, com a Polícia Militar dentro das comunidades, o serviço social que alcance crianças, adolescentes, adultos e idosos e os qualifica como agentes multiplicadores no enfrentamento à violência nas áreas de maior vulnerabilidade. Esta relação entre polícia e a comuidade incentivará os moradores a desenvolverem ações pacificadoras e a fomentar as ações de segurança nos bairros.
“A gente monta equipes que fazem diariamente trabalho comunitário junto a residências, escolas e comércios. Temos, por exemplo, uma equipe específica que trabalha com mulheres vítimas de violência doméstica. Também temos equipe para a patrulha escolar diariamente, em instituições privadas e unidades públicas. Ainda temos a unidade móvel que atende pedidos da comunidade, em praças e outros locais públicos, para registrar ocorrências”, explicou o titular da SSPDS, André Costa, que reforçou a necessidade de descentralizar o serviço da polícia de prédios e, agora, chegam de forma mais célere ao cidadão.
O trabalho também conta com o Projeto Lutando Pela Paz, que oferece aulas de artes marciais gratuitas a crianças e adolescentes, ministradas pelos próprios militares.
