O irmão do presidenciável, senador eleito Cid Gomes (PDT-CE), defende que Ciro não se precipite, mas também não demore muito para anunciar uma posição, já que o segundo turno tem duração de apenas três semanas.
“Eu defendo que ele acalme agora, ouça as pessoas, avalie o cenário e só depois defina uma posição. Mas ele também não pode demorar muito”, disse à reportagem.
Nesta segunda-feira (8), Ciro irá se reunir com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e com o líder do partido na Câmara dos Deputados, André Figueiredo (CE). A tendência, segundo o entorno do presidenciável, é de que ele só faça um anúncio entre quinta-feira (11) e sexta-feira (12).
Derrotado com um desempenho inferior ao que esperava, Ciro deve apoiar o adversário do PT, Fernando Haddad.
Após o resultado, minutos depois de ter falado por telefone com o petista, o pedetista fez questão de dizer que não há hipótese de um apoio ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, a quem atacou o primeiro turno inteiro. “Ele não, sem dúvida”, disse.
O anúncio, contudo, deve ser feito de maneira protocolar, sem uma adesão imediata a uma eventual gestão petista.
A ideia é que ele repita o formato adotado por Marina Silva na disputa presidencial de 2014, quando ela informou um apoio, mas não uma aliança, com Aécio Neves, do PSDB, no segundo turno da disputa eleitoral.
A estratégia é tentar, assim, blindar a sigla de acusações de que ela atua por interesses fisiológicos. O grupo do pedetista espera, contudo, que os petistas façam acenos na incorporação de propostas de Ciro, como o programa de renegociação da dívida de cidadãos inadimplentes, o “SPCCiro”.
A aproximação entre PT e PDT é feita pelo senador eleito Jaques Wagner, do PT, e por Cid Gomes. O ex-secretário municipal de Haddad Gabriel Chalita, filiado ao PDT, também deve participar da costura de um acordo.
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