Em entrevista ao SBT, ontem (22), o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse ter advertido seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), por declaração sobre fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal).
“Eu já adverti o garoto, o meu filho, a responsabilidade é dele. Ele já se desculpou”, disse, acrescentando que a declaração de Eduardo foi feita em julho.
Deputado federal com maior votação da história, Eduardo tem 34 anos e assumirá em fevereiro seu segundo mandato. Durante aula para um cursinho preparatório, em julho deste ano, ele disse que para fechar o STF bastaria um cabo e um soldado.
Deputado federal com maior votação da história, Eduardo tem 34 anos e assumirá em fevereiro seu segundo mandato. Durante aula para um cursinho preparatório, em julho deste ano, ele disse que para fechar o STF bastaria um cabo e um soldado.
“Ele aceitou responder uma pergunta que não tinha nem pé e nem cabeça e resolveu levar para o lado desse absurdo aí. Nós temos todo o respeito e consideração com os demais poderes e o Judiciário obviamente é importante”, disse Jair.
O presidenciável disse ter sido “pesado” com o filho ao dizer, no domingo (21), que quem fala em fechar o STF deve ir ao psiquiatra. “No que depender de nós isso é uma página virada”, acrescentou.
O presidenciável disse ter sido “pesado” com o filho ao dizer, no domingo (21), que quem fala em fechar o STF deve ir ao psiquiatra. “No que depender de nós isso é uma página virada”, acrescentou.
O candidato do PSL evitou responder a pergunta sobre declaração do decano do STF, ministro Celso de Mello. Ele classificou de ‘inconsequente e golpsita’ a fala de Eduardo. “Wadih Damous falou de forma bastante consciente em fechar o Supremo e não teve essa repercussão toda.”
O candidato se refere a uma fala do deputado federal do PT feita em abril deste ano. Na ocasião, o petista gravou um vídeo criticando especialmente o ministro Luís Roberto Barroso, que deu o voto mais contundente a favor da prisão de condenados em segunda instância.
O julgamento teve impacto no caso do ex-presidente Lula (PT), que teve um habeas corpus preventivo negado pela corte. Damous é advogado e ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio.
O julgamento teve impacto no caso do ex-presidente Lula (PT), que teve um habeas corpus preventivo negado pela corte. Damous é advogado e ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio.
Estratégia
Nos bastidores da campanha, a ordem é não comentar a declaração do decano do STF. Aliados de Bolsonaro vão minimizar a fala, dizer que o presidenciável já se manifestou sobre o caso e vão lembrar a fala de Damous.
Nos bastidores da campanha, a ordem é não comentar a declaração do decano do STF. Aliados de Bolsonaro vão minimizar a fala, dizer que o presidenciável já se manifestou sobre o caso e vão lembrar a fala de Damous.
Anunciado ministro da Casa Civil de eventual governo do PSL, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) evitou comentar a declaração de Celso de Mello. “Cada um fala o que quer e cada um escreve o que quer”, disse Lorenzoni ao ser questionado sobre a fala do magistrado.
O deputado disse já estar “muito claro” que o candidato do PSL é democrata. “Desde o início, quando nós apresentamos o plano de governo, sempre ficou muito claro para todos que todos nós somos democratas”, disse.
Ele usou como argumento o fato de Bolsonaro estar no sétimo mandato como deputado federal e ter servido o Exército brasileiro por 17 anos. “Claro que se tem alguém que vai defender a Constituição se chama Jair Bolsonaro, completamente diferente dos bolivarianos”, afirmou.
Onyx também lembrou a fala do deputado do PT. “O Wadih Damous em abril deste ano disse coisas muito piores e ninguém noticiou.” Ao ser lembrado de que veículos registraram a declaração do deputado do PT, acrescentou: “Ninguém repercutiu”.
Onyx também lembrou a fala do deputado do PT. “O Wadih Damous em abril deste ano disse coisas muito piores e ninguém noticiou.” Ao ser lembrado de que veículos registraram a declaração do deputado do PT, acrescentou: “Ninguém repercutiu”.
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