quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Eunício Oliveira cogita não apoiar Temer para presidir novamente o PMDB

O senador Eunício Oliveira (PMDB), presidente do diretório da sigla no Ceará, e o deputado federal e líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB), devem fazer oposição à manutenção do vice-presidente da República, Michel Temer, na presidência do PMDB. Em março, o partido realizará a convenção nacional e discutirá sobre a permanência na base do governo e elegerá a nova direção.
Eunício Oliveira, que também é tesoureiro nacional da sigla, prefere ter um colega do Senado na presidência visando a favorecer a manutenção da liderança no Senado. Além disso, o senador avalia que Temer se "queimou" com o diretório do Rio de Janeiro ao articular a saída de Leonardo Picciani da liderança na Câmara. O deputado, que acabou retornando à liderança através de um movimento articulado por Renan Calheiros e José Sarney, é filho de Jorge Picciani, presidente do diretório carioca.
Eunício e Picciani afirmam que, caso Renan Calheiros ou Romero Jucá lançarem candidatura à presidência da sigla, contaram com o apoio dos diretórios do Ceará e do Rio de Janeiro. Além disso, Calheiros, que articula assumir o comando do partido através do aliado Jucá, já conta com o apoio dos diretórios de Alagoas, Roraima e Paraná.
O presidente do Senado já tentou tirar Temer da presidência em 2007, mas não obteve êxito. Porém, com o racha dentro do partido entre oposicionistas e governistas, Renan acabou saindo fortalecido com a decisão do STF de anular a votação secreta que elegeu uma chapa de oposição, encabeçada pela ala oposicionista do peemedebista, e dar ao Senado o poder de arquivar e de afastar o presidente durante processo de impeachment.
Reação de Temer
Temer, para se manter no comando, começa, no dia 28 de janeiro, viagens pelos diretórios estaduais do partido para debater a unidade partidária, começando pelo Paraná. O vice-presidente deve priorizar diretórios que estão rachados.
Mandato
O presidente eleito do PMDB tem mandato de dois anos e dirige o partido ao lado de três vice-presidentes, três secretários e dois tesoureiros. A legenda também administra a Fundação Ulysses Guimarães, atualmente comandada pelo ex-ministro da Aviação Civil Moreira Franco, um dos principais aliados de Temer no partido.

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