O contínuo aumento no número de apreensões de armas de fogo no Ceará é um dos resultados que vêm sendo obtidos pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), com uma maior integração entre as Polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros, diretriz do Programa Em Defesa da Vida. Em 2015, o aumento das apreensões de armas foi de 6,3%. Foram apreendidas 6.615 armas no período, contra 6.224 em 2014. São 391 unidades a mais em um ano.
O mês com maior registro de apreensões em 2015 foi setembro, com 620 armas apreendidas, seguido de março, com 605 armas coletadas, e agosto, com 575 apreensões. Nove meses do ano apresentaram alta. Apenas fevereiro, abril e dezembro tiveram redução. No último mês de 2015, foram recolhidas 521 armas, enquanto no mesmo mês de 2014, foram 597 unidades, o que representa uma diminuição de 12,7%.
Em números absolutos, entre as armas apreendidas este ano, o revólver é o mais recolhido. Foram 3.910 revólveres retirados de circulação, seguidos pela apreensão de 1.553 espingardas e 974 pistolas, o que representa 59,1%, 23,47% e 14,72%, respectivamente, do total de armas apreendidas esse ano.
Um dado que chama atenção é a quantidade de armas de maior potencial destrutivo – como fuzis, metralhadoras, escopetas e submetralhadoras, que foram apreendidas em 2015. Trinta e duas armas foram apreendidas este ano, contra duas apreendidas no mesmo período de 2014, um aumento de 1.500%.
Para o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Delci Teixeira, esses números apontam para o resultado positivo do trabalho integrado das forças de segurança do Ceará, ao mesmo tempo em que causam preocupação. “Já estabelecemos contato com o superintendente da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e vamos conversar novamente com a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e com o Exército. Temos que estabelecer um trabalho conjunto de inteligência. Como o número é tão elevado, temos que saber de onde e por onde estão vindo essas armas”, frisou.
A apreensão de armas no Estado também apontou alta nas unidades recolhidas no Ceará em 2014, comparado a 2013. No ano passado, foram 6.224 armas apreendidas em todas as 18 Áreas Integradas de Segurança (AISs), ante 6.124 em 2013.
Em Defesa da Vida
A retirada de armas de circulação colabora com a diminuição no número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), que englobam homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. O Ceará apresentou queda de 9,5% nos CVLIs, em 2015, se comparado com 2014. Já em Fortaleza, a queda foi ainda maior – 17%.
A redução apresentada nos CVLIs é resultado das ações desenvolvidas pelo Programa Em Defesa da Vida, desempenhadas pela SSPDS, por meio das Polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e da Perícia Forense. A integração entre as forças de segurança, o trabalho das polícias focado nas áreas, horários e dias que apresentam maiores taxas de crimes e os levantamentos realizados pelas áreas de inteligência, refletem as quedas dos índices criminais e o aumento das apreensões.
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