As articulações em torno da candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara dos Deputados tem avançado no Ceará, onde ele deve conseguir apoio de boa parte da bancada.
Em reunião com os parlamentares na capital cearense, na última segunda (13), o atual presidente, que tenta a reeleição, comenta que as discussões “estão indo bem” e que tem encontrado abertura para o diálogo, inclusive, entre representantes de legendas que ainda não definiram pelo apoio.
“Não posso falar em nome dos parlamentares, mas tenho boa relação com aqueles que continuam, estou começando a conhecer os novos e a construir uma boa relação, acho que isso é importante, relação de diálogo transparente para que possam ser ouvidos os deputados do Ceará”, pontua, ressaltando que pretende encarar as pautas do Estado como prioridade, em um novo mandato à frente da Casa.
Agenda
A agenda de Maia em Fortaleza foi coordenada pelo deputado federal Domingos Neto (PSD), cujo partido já declarou apoio à reeleição do presidente. Segundo ele, 17 dos 22 deputados da bancada cearense da Câmara participaram dos encontros com o democrata, não tendo comparecido apenas os que não estavam no Ceará. “Não encontramos nenhuma resistência. É evidente que os deputados do PT ainda estão esperando a posição do partido, mas continuam dialogando com ele [Maia], de modo muito favorável, mas ainda sem ter uma definição nacional do tema”, pontua Domingos Neto.
A agenda de Maia em Fortaleza foi coordenada pelo deputado federal Domingos Neto (PSD), cujo partido já declarou apoio à reeleição do presidente. Segundo ele, 17 dos 22 deputados da bancada cearense da Câmara participaram dos encontros com o democrata, não tendo comparecido apenas os que não estavam no Ceará. “Não encontramos nenhuma resistência. É evidente que os deputados do PT ainda estão esperando a posição do partido, mas continuam dialogando com ele [Maia], de modo muito favorável, mas ainda sem ter uma definição nacional do tema”, pontua Domingos Neto.
PT
O Partido dos Trabalhadores, antes em diálogo com Rodrigo Maia, recuou no apoio após o atual presidente fechar com o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, em troca da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Na última segunda-feira (15), a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou que a legenda não apoiará Maia na eleição, mencionando a aliança com o PSL como motivo.
O Partido dos Trabalhadores, antes em diálogo com Rodrigo Maia, recuou no apoio após o atual presidente fechar com o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, em troca da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Na última segunda-feira (15), a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou que a legenda não apoiará Maia na eleição, mencionando a aliança com o PSL como motivo.
PDT
O PDT, outro partido ainda sem acordo fechado com o candidato, mostrou-se aberto, com Maia tendo se encontrado com o senador eleito Cid Gomes, entre as reuniões com os demais parlamentares. Domingos Neto adianta, ainda, que o líder do PDT na Casa, o deputado cearense André Figueiredo, defende abertamente que seja firmada essa aliança. “Temos uma relação histórica, inclusive fomos do PDT no Rio de Janeiro, meu pai foi secretário de Finanças de Leonel Brizola. Então o PDT tem uma posição indicativa muito positiva a favor da minha candidatura”, diz Rodrigo Maia.
O PDT, outro partido ainda sem acordo fechado com o candidato, mostrou-se aberto, com Maia tendo se encontrado com o senador eleito Cid Gomes, entre as reuniões com os demais parlamentares. Domingos Neto adianta, ainda, que o líder do PDT na Casa, o deputado cearense André Figueiredo, defende abertamente que seja firmada essa aliança. “Temos uma relação histórica, inclusive fomos do PDT no Rio de Janeiro, meu pai foi secretário de Finanças de Leonel Brizola. Então o PDT tem uma posição indicativa muito positiva a favor da minha candidatura”, diz Rodrigo Maia.
PCdoB
O democrata também aponta que o PCdoB também tem dado sinais favoráveis nessa direção. “O PCdoB acho que pode estar, não decidiu nem contra nem a favor, o PSB tomou outro caminho, está conversando. Nosso interesse é que todos possam participar”, continua.
O democrata também aponta que o PCdoB também tem dado sinais favoráveis nessa direção. “O PCdoB acho que pode estar, não decidiu nem contra nem a favor, o PSB tomou outro caminho, está conversando. Nosso interesse é que todos possam participar”, continua.
Dois lados
O presidente voltou a defender a articulação com lados opostos do espectro político. “Acho que o melhor presidente da Câmara é o que é plural, que se dispõe a ouvir todos e, ouvindo a todos, consegue construir uma pauta que representa o interesse da sociedade brasileira”, diz ele.
O presidente voltou a defender a articulação com lados opostos do espectro político. “Acho que o melhor presidente da Câmara é o que é plural, que se dispõe a ouvir todos e, ouvindo a todos, consegue construir uma pauta que representa o interesse da sociedade brasileira”, diz ele.
“Temos que ouvir todos, representados em cada um dos partidos. Converso com o PT, com o PSL, PSD, PDT, todos os partidos. Acho que o presidente da Câmara, diferente do Poder Executivo, que ganha eleição com programa, o da Câmara é coordenador dos trabalhos da Casa, onde, conhecendo cada um dos parlamentares, dá espaço à pauta da maioria e também à pauta da minoria”, defende.
Executivo
Ele conta que há uma agenda que vem do Executivo, pautando majoritariamente questões da área econômica, e também uma agenda que vem da sociedade, representada pelos partidos de esquerda e de direita, motivo pelo qual defende haver essa abertura.
Ele conta que há uma agenda que vem do Executivo, pautando majoritariamente questões da área econômica, e também uma agenda que vem da sociedade, representada pelos partidos de esquerda e de direita, motivo pelo qual defende haver essa abertura.
Alianças
As alianças, no entanto, às vezes acabam prejudicando novas parcerias. Além do PT, a aliança com o PSL tem prejudicado, também, um possível apoio do PSB, que já afirmou que o fato de Maia ter fechado com a legenda de Bolsonaro inviabiliza que se corrobora a candidatura. Na base de Maia estão a maioria dos partidos do chamado “centrão”, como PR, PRB, Podemos, PSD e Solidariedade. Não é possível dizer, porém, que todos os votos dos parlamentares desses partidos irão para o atual presidente. Isso porque a votação é secreta, o que retira dos caciques o poder de controlar o voto dos deputados.
As alianças, no entanto, às vezes acabam prejudicando novas parcerias. Além do PT, a aliança com o PSL tem prejudicado, também, um possível apoio do PSB, que já afirmou que o fato de Maia ter fechado com a legenda de Bolsonaro inviabiliza que se corrobora a candidatura. Na base de Maia estão a maioria dos partidos do chamado “centrão”, como PR, PRB, Podemos, PSD e Solidariedade. Não é possível dizer, porém, que todos os votos dos parlamentares desses partidos irão para o atual presidente. Isso porque a votação é secreta, o que retira dos caciques o poder de controlar o voto dos deputados.
Prioridades
Na passagem pela capital cearense, Rodrigo Maia discutiu sobre segurança pública com o governador Camilo Santana (PT), levando em conta a crise na área atualmente vivida pelo Estado. Ele defende que o assunto seja prioridade na nova legislatura, elencando a importância da atuação do Governo Federal na coordenação das ações nesse campo. Outro assunto comentado com ênfase pelo presidente foi a reforma da Previdência.
Na passagem pela capital cearense, Rodrigo Maia discutiu sobre segurança pública com o governador Camilo Santana (PT), levando em conta a crise na área atualmente vivida pelo Estado. Ele defende que o assunto seja prioridade na nova legislatura, elencando a importância da atuação do Governo Federal na coordenação das ações nesse campo. Outro assunto comentado com ênfase pelo presidente foi a reforma da Previdência.
“O déficit previdenciário atende aos que ganham mais, nosso grande desafio é reduzir as despesas futuras com a máquina pública”, sublinha, dizendo ainda que, no Brasil de hoje, aqueles que se aposentam recebendo as maiores quantias são exatamente os que se aposentam mais cedo, enquanto os que recebem valores menores continuam trabalhando até os 65 anos. “O Brasil gosta de discutir projetos, projeto de saúde, educação, mas quem vai pagar por isso? Hoje 94% das despesas do Governo são obrigatórias, ninguém pode cortar. Quero investir mais em educação, só que só tem 6% do Orçamento”, pontua.
Com informações do OE
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