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domingo, 18 de janeiro de 2015

Pouca oferta faz extintor dobrar de preço

Os extintores ABC ainda estão em falta no mercado e a pouca oferta e grande demanda por eles fizeram o preço chegar ao dobro. Lojas que o comercializavam por R$ 75 a R$ 80 elevaram o valor para R$ 100 a R$ 150. A expectativa dos comerciantes sem extintores é a de que os equipamentos cheguem apenas em março. 
O prazo para a troca dos extintores fora da categoria termina no dia 31 de março. Após esse período, haverá cobrança de multa de R$ 129,69 mais cinco pontos na carteira por infração grave.

Raimunda Araújo, sócia-gerente da R&L Extintores, diz que não existe quem fabrique os equipamentos no Ceará e que eles vêm de São Paulo. “Estamos pedindo hoje e comprando à vista, mas eles dão um prazo de 3 a 4 meses para entregar”, reclama. Como solução, Raimunda resolveu comprar extintores industriais, pois as fábricas são obrigadas a enviar carregamentos de equipamentos para veículos. “Mas nem assim eles mandaram os extintores pequenos. No carnaval, vai ser um alvoroço”.

Ela acrescenta que ainda há o problema dos novos equipamentos não poderem ser mais recarregados, pois são descartáveis. “Quem tem um extintor ABC e usar hoje não vai ter outro para comprar amanhã, porque não pode recarregar e eles estão faltando no mercado”, diz.

Anderson Alves, supervisor da área de vigilância, percorreu, nesse mês, várias lojas de Fortaleza atrás do novo extintor, sem sucesso. “Eu moro no Mondubim e fui no José Walter, em postos na Washington Soares e até nos postos pelo caminho até a praia do Iguape, mas nada”.

Teve sorte quem adquiriu antes do Natal. É o caso do engenheiro de produção Alexandre Kerton. Ele comprou um extintor por R$ 80 em um posto BR, localizado no cruzamento da avenida Washington Soares com Maestro Lisboa.

Já em dezembro, a economista Franciane Fernandes disse que não encontrava o equipamento pela Capital e quando achou comprou por R$ 100. “Quando eu comprei já achei um roubo, imagine agora que está por R$ 150”.
 
Novo equipamento
A troca para o extintor ABC foi determinada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) porque os novos equipamentos vêm com um componente novo na fórmula capaz de apagar o fogo no painel, bancos e revestimentos internos, mangueiras de borracha e forro do capô do motor (classe de incêndio tipo A). 

O tipo BC combate incêndios de líquidos inflamáveis (classe B) e equipamentos elétricos (classe C). Desde 2005, os veículos saem de fábrica com o extintor ABC.

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